Encerrado o Fórum Social Temático, ficaram trinta obras de arte garantindo um pouco mais de beleza a um dos equipamentos urbanos mais conhecidos de Porto Alegre, o Muro da Mauá.
Os trabalhos estão distribuídos em uma área de 450 metros cedidos pela prefeitura para o projeto Arte do Muro, do Festival Internacional de Cultura Livre (FIC Livre) do Fórum.
O Grupo Superfície, de Pelotas, por exemplo, assina a obra “Multiplicação”, pintada a dez mãos em uma área de 36 metros quadrados (12 X 3 metros). O título do trabalho é homônimo à exposição montada atualmente pelo Superfície na Casa de Cultura Mário Quintana. De acordo com Mariza Fernanda, 47 anos, integrante do coletivo, a pintura deverá estar concluída nesta quinta-feira, 26 – a inauguração geral do Arte no Muro está prevista para sábado, dia 28.
Alguns metros adiante de Mariza, o artista gráfico Eugênio Neves, 57 anos, de Porto Alegre, aplica tinta preta em obra de autoria própria, sem nome. Neves, que realizou produções semelhantes em Ivoti e Novo Hamburgo, enfrentava o calor na tarde desta quarta-feira para gravar no muro o esboço rabiscado, em escala bem menor, em um pequeno pedaço de papel. “Pela manhã, estava nublado e bem melhor para trabalhar”, disse.
Já Leonardo Pereira, 36 anos – ele assina Léo(nardo) Pereira –, artista plástico formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), pretende concluir a pintura Hiperlink somente no sábado. Ele utiliza tinta acrílica fosca – azul, branco e amarelo são as cores principais –, além de tecidos e cordas, para compor a imagem que, de acordo com o artista, representa “a conexão do indivíduo com algo maior”.
Representando a Associação de Artista Visuais do Vale do Gravataí (Agir), o trio formado por Walde-mar Max, 54 anos, Denise Pacheco Lopes, 34 anos e Samanta Mezzalina da Silva, 14 anos – filha de Max – planeja encerrar ainda nesta quarta-feira o mural que trata dos temas diversidade, paz, cultura, harmonia e educação. “Sem educação, tudo fica mais difícil”, diz Max, salientando que o lema da Agir é “A arte como instrumento de educação”. Na elaboração do esboço, Max revela ter utilizado fotografias do cais do porto feitas durante a Bienal do Mercosul, em 2011. Ele afirma ainda que ter a oportunidade de trabalhar sobre o Muro da Mauá constituía um antigo sonho de artista: “Sempre tive vontade de pintar este murão”
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