Mas, porque todo esse fascínio?
Filho abandonado de uma prostituta e um alcoólatra, Charles Milles Manson nasceu 1934, viveu quase toda a sua vida em reformatórios juvenis e quando atingiu a maioridade, saiu para a prisão, onde viveu até os 33 anos. Logo após sua soltura, criou uma comunidade alternativa - o início de sua seita - em um rancho perto de Los Angeles, chamado Spahn Ranch. Essa comunidade tinha o propósito de criar um método de vida, baseado em leituras ocultistas de satanismo, conectado com o cosmos, sem respeito à ordem e as leis, auto suficiente e, claro, com muita droga, principalmente, LSD. Ele chamava o grupo de "Família Manson". Esse grupo idolatrava as ideias de Manson e acreditavam que ele seria a reencarnação de Cristo. E assim passavam os dias - drogados, rezando pelo seu "salvador" e felizes.
Mas, para manter o padrão de vida que gostavam, passaram a assaltar e roubar o que encontravam, principalmente, nos bairros de Los Angeles - locais de ricos e abastados. E drogados, passaram também a matar. Foi quando, a atriz Sharon Tate, esposa do cineasta Roman Polanski, foi assassinada pelo grupo de Manson, que invadiu a casa do casal em Bel Air. Tate estava grávida de 8 meses, e mesmo assim foi esfaqueada, espancada e torturada até a morte - chegaram a usar seu sangue para escrever mensagens nas paredes ("porcos", "morte aos porcos" e "helter skelter").
E foi aí que ele e sua "família" se tornaram conhecidos. Quanto mais se aprofundavam nas informações sobre os porques de tantos crimes mais aterrorizavam a todos.
E desde então, as obras mostrando (e tentando explicar) esses crimes não pararam mais de ser aparecer na mídia. Produzidas pelo cinema, tv, teatro e, até, pela música, mostram de diversas formas os crimes do grupo - Além das muitas músicas, escritos e poesias criadas pelo assassino.
Em 2015, a série Aquarius: Os Crimes de Charles Manson, resolveu tentar dissecar a "família Manson" e os assassinatos cometidos década de 1960. Gethin Anthony, o Renly Baratheon de Game of Thrones, vive o criminoso no drama da NBC, que ainda conta com David Duchovny (Arquivo X, Californication) e Grey Damon (Percy Jackson e o Mar de Monstros no elenco.Antes, em 2003, Jim Van Bebber dirigiu The Manson Family, que teve Marcelo Games no papel do infame psicopata. O filme mostra as mudanças da Família Manson que, de um grupo de hippies e seu amor livre, mudaram para algo o terror que praticavam.
Em 1989, o documentário Charles Manson Superstar, dirigido por Nikolas Schreck, foi lançado foi quase todo rodado dentro da Prisão de San Quentin, onde Manson cumpriu parte da pena.
O documentário Helter Skelter foi dirigido por Tom Gries, foi baseado no livro de mesmo nome e retrata o julgamento de Charles Manson após os assassinatos de Tate-LaBianca.
Já The Six Degrees of Helter Skelter, de 2009 (dirigido e apresentado por Scott Michaels) mostra mais de 40 locações relacionadas aos vários assassinatos, como a casa em que Mason passou os últimos dias de liberdade - antes de ser preso, claro.
The Other Side of Madness - ou The Helter Skelter Murders, como ficou conhecido - mistura documentário e as imagens sobre os assassinatos com cenas fictícias dirigidas por Frank Howard.
Além desses, temos ainda outros de menor importância, obras ficcionais e documentários, peças de teatro e, até mesmo, músicas. Nine Inch Nails, Neil Young, Ozzy Osbourne, System of a Down, Ramones, Sonic Youth, Kasabian e até Beatles fizeram referência ao criminoso em alguma obra. Mas, nada se compara a Marilyn Manson, que não só o idolatra em algumas músicas, como também, o reverencia com o seu nome artístico (se é que se pode dizer assim) e, o pior caso (para mim), Guns N' Roses, que comprou os direitos e chegou a gravar Look at Your Game, Girl, escrita pelo criminoso em 1967.
Logo após ser preso, em 1971. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário