A primeira Feira do Livro, em 1955. |
O objetivo era melhorar as vendas das editoras daqui e popularizar o livro. Na época, livros, livrarias e editoras eram consideradas coisas da elite. Resolveram, então, criar uma feira, onde se pudesse mostrar os lançamentos, dar descontos e, na medida do possível, unir escritores e leitores na praça. Tanto que, o lema da primeira foi: Se o povo não vem à livraria, vamos levar a livraria ao povo. E assim, a praça da Alfandega, um dos locais mais movimentados da capital recebeu a primeira edição - na época, contava com apenas 14 expositores, em bancas montadas pelos carpinteiros da Livraria e Editora Globo.
Na segunda edição do evento, iniciaram as sessões de autógrafos. Na terceira, passaram a ser vendidas coleções pelo sistema de crediário. Nos anos 70, a Feira assumiu o status de evento popular, com o início da programação cultural. A partir de 1980, foi admitida a venda de livros usados.
Foi nos anos 90 que a Feira ampliou-se, obrigando aos seus visitantes algumas voltas a mais, com um número maior de barracas e usos de novos espaços, incorporando a suas atividades encontros com autores, além dos tradicionais autógrafos. Em 94, algumas alamedas ganham coberturas, pois é histórica a relação da Feira com a chuva. No ano seguinte, 95, passa por uma processo de profissionalização, buscando o apoio decisivo das Leis de incentivo à Cultura e, também, criando um espaço para os novos leitores, crianças, jovens e adultos em fase de alfabetização. A Feira acompanha a transformação e internacionalização da cidade de Porto Alegre, que passa a receber grandes festivais e exposições (como o Porto Alegre em Cena e a Bienal do Mercosul).
No inicio dos anos 2000, a partir de conquistas na área do patrimônio e criação de novos centros culturais no entorno da Praça da Alfândega (como o Santander Cultural, o Centro Cultural CEEE Erico Verissimo, além dos já existentes Margs e Memorial do RS), a programação cultural da Feira do Livro cresce em número de autores participantes e público visitante.
Desde 1965, a Feira mantém a tradição de eleger um patrono para cada edição. A escolha é feita pelos associados da Câmara Rio-Grandense do Livro e outros representantes da cultura do estado. Alcides Maya foi o primeiro e Valesca de Assis a atual. Mas, a lista é grande, confira em
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_patronos_da_Feira_do_Livro_de_Porto_Alegre
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