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10 janeiro 2020

Neil Peart, baterista do Rush, morre aos 67 anos.


Um dos melhores e mais virtuosos bateristas de todos os tempos, Neil Peart morreu no dia 7 de janeiro em Santa Mônica, EUA. Ele lutava contra um câncer cerebral há 6 anos.

Neil Ellwood Peart, canadense de Hamilton, foi considerado por muitos o melhor baterista de todos os tempos, rivalizando com John Bohham, do Led Zeppelin, pela agilidade, energia e proficiência.

Dono de um estilo particular desenvolvido principalmente no hard rock, teve no início de carreira, como inspiração, a técnica de Keith Moon e Bonham. Entretanto, conforme o tempo foi passando, ele começou a absorver a influência do jazz e das big bands. Em 1994, Peart tornou-se amigo e pupilo de Freddie Gruber e, então, decidiu incorporar componentes do swing e do próprio jazz. Gruber foi também responsável por apresenta-lo  aos  produtos da Drum Workshop, que passou a fornecer  produtos da bateria de Peart.

Peart foi o principal letrista do Rush, utilizando ficção científica e filosofia como temas. Gostava muito, também, de usar textos humanitários e libertários. Além disso, foi um escritor bastante ativo, com diversos livros e participações com memórias e anotações sobre viagens. Seus cinco livros, todos não ficcionais,  são baseados em temas de sua vida - quase biografias.

Peart recebeu vários prêmios por suas performances e gravações, sempre lembrado por sua resistência, força, habilidade e virtude. Um dos mais importantes bateristas de todos os tempos é constantemente lembrado como um dos maiores influenciadores do gênero.


"É com coração quebrado e uma tristeza profunda que devemos anunciar a terrível notícia de que nosso amigo, nosso irmão de alma e de banda por 45 anos, Neil, perdeu sua incrível batalha de três anos e meio contra um câncer cerebral (glioblastoma)". Divulgou a banda, via Twitter.


01 janeiro 2020

Mike Portnoy no lugar de Neil Peart, no Rush. Que acha???

O portal Rock Progressivo publicou uma brincadeira anunciando uma possível tour do Rush, em 2020, com Mike Portnoy (Dream Theater) no lugar do lendário baterista Neil Peart. Tudo por conta dos 40 anos do clássico álbum Permanent Waves de 1980.
A nota avisa logo no começo que trata-se de uma pegadinha: “Aos que gostaram, e também aos que não curtiram, Feliz dia da mentira!”
“Hahahaha… Então todo mundo está me mandando isto aqui. Aparentemente um site de metal postou um artigo falso dizendo que eu me juntaria ao Rush em 2020 para a tour de 40 anos de aniversário do Permanent Waves


Até criaram um post falso! Embora isso seja um sonho (totalmente hipotético) irado, e que eu aceitaria na hora, infelizmente não é verdade!! Mas é uma ideia legal, Geddy Lee.  De qualquer forma, eu quis dar a real para quem ficou com esperança que poderia ser verdade! 

Vale lembrar que, em 2017, o Rush anunciou que, com a aposentadoria do seu baterista, não fariam mais turnês.
E você, o que acha?

18 novembro 2019

James Dean volta aos cinemas 65 anos após sua morte.

James Dean, o eterno ícone do cinema, será recriado digitalmente para o filme Finding Jack. Um filme sobre o abandono de mais de 10 mil cães militares após o fim da Guerra do Vietnã e terá Dean como Rogan, um papel secundário na produção baseada no livro de Gareth Crocker.
Todo o processo está sendo recriado pela empresa canadense Imagine Engine em parceria com a sul-africana MOI Worldwide, e tem uma interpretação descrita como “uma versão realista de James Dean" -  imagens de corpo inteiro do ator, recriadas com base em fotos e filmes de arquivo, sem sobrepor na do corpo de um dublê.
A família, que até então nunca havia concedido uso de imagens do ator, dessa vez concedeu uma permissão especial aos diretores Tati Golykh e Anton Ernst, que agradeceu a oportunidade:
“Nos sentimos muito honrados com o apoio da família e tomaremos todas as precauções para manter o seu legado como uma das maiores estrelas cinematográficas da história. A família encara esse como seu quarto filme, um que ele nunca conseguiu fazer. E não vamos decepcionar seus fãs.”
Antes de falecer em um trágico acidente automobilístico em 1954, Dean atingiu o patamar como um ícone de Hollywood e símbolo de rebeldia graças a papéis como Jim Stark de Juventude Transviada.
A produção começa no próximo dia 17, com lançamento previsto para o Dia dos Veteranos de Guerra (11 de novembro), tradicional feriado dos EUA.

16 novembro 2019

Rolling Stones e o início nada glamouroso.

Uma série de fotos em preto e branco da época da primeira turnê de shows dos Rolling Stones, em 1963, será exposta no leste de Londres neste mês. São imagens de um estúdio de gravação londrino e em uma apresentação em Cardiff, no País de Gales e ficaram guardadas pelo fotógrafo Gus Coral durante mais de 50 anos até ele decidir resgatá-las. Dá pra acreditar?

O registro inédito mostra o começo humilde de uma banda que se tornaria um ícone do rock mundial, e incluem uma foto dos músicos juntando dinheiro para uma corrida de táxi e uma pequena plateia esperando debaixo de chuva antes de eles e outros grupos da turnê subirem no palco galês.
Obviamente... eu não sabia que eles durariam todos esses anos e seriam tão especiais, mas sabia que eram especiais", disse.
"Estávamos saindo da Segunda Guerra Mundial e havia certas pessoas que eram meio que líderes na descoberta de um novo caminho, uma nova cultura para ir adiante. E eles eram um deles."
Ao observar Mick Jagger e os colegas de banda Keith Richards, Bill Wyman, Charlie Watts e Brian Jones antes de gravarem "I Wanna Be Your Man" em Londres, Coral ficou impressionado com seu profissionalismo.

"As pessoas querem aquela coisa 'destruímos o hotel e tínhamos uma fila de garotas de 16 anos esperando na porta'", disse. "Não era nada disso. Eram homens sérios, fazendo seu trabalho sério, tentando fechar um contrato de gravação."
Coral, até hoje não sabe explicar como seu caminho cruzou com o dos Stones - ele era apenas um fotógrafo free lancer tentando vender fotos.

A exposição "Black & White Blues - Where it all Began" ficará no The Curtain entre 18 de novembro e 2 de dezembro.

03 setembro 2019

Ron Wood vende arte para ajuda humanitária

Ron Wood, o mais jovem dos Rolling Stones (completou 70 anos em junho), além de excelente guitarrista e multi instrumentista, é um consagrado pintor e painelista. 
Seus quadros já foram exibidos pelo mundo todo - Porto Alegre, inclusive, onde esteve em 1996. 
Desenhista habilidoso, Ronnie é formado pela Ealing Art School, usa as telas como terapia contra o uso de drogas (já esteve internado três vezes por conta delas) e nunca sai de casa sem seu caderno de desenhos, pois nunca sabe quando a inspiração irá aparecer. Ao contrário do que poderíamos imaginar, quando está pintando, não escuta rock ou blues mas sim Mozart. Mesmo assim, claro, os Rolling Stones ocupam a maior parte de suas telas que podem ser tão vibrantes e coloridas quanto a imagem que o próprio artista costuma apresentar nos palcos.
Segundo os especialistas em arte, a obra de Wood é composta principalmente de retratos que fazem parte da escola New Image, com forte influência da Pop Art de Andy Warhol.
Falando sobre sua arte, em entrevista para o jornal britânico “The Guardian”, Ronnie Wood afirmou que “tocar, como parte de um time é maravilhoso, mas expressar sua individualidade como um artista é muito pessoal. A arte é muito mais poderosa e uma afirmação bem mais pessoal”.
No momento, Ronnie está em casa recuperando-se de uma cirurgia, enquanto curte suas filhas gêmeas que, no dia 30 de maio, completaram um ano de idade. Em setembro, ele volta para a estrada com os Rolling Stones, na nova turnê europeia “No Filter”.
O box com as obras estão à venda pelo site do artista
O link para compra das suas obras é https://shop.ronniewood.com/
Em São Paulo, no Beco do Batman, há um graffiti original de Ron Wood, pintado em fevereiro de 2016, quando ele veio tocar com os Stones  na cidade (imagem abaixo).


19 julho 2019

Cheiro de Vida, o lendário grupo instrumental.

Uma das bandas mais emblemáticas da música instrumental foi a Cheiro de Vida. Integrada por Paulinho Superkóvia e Carlos Martau, nas guitarras,  Alexandre Fonseca na bateria e André Gomes no baixo e sitar, formaram em 1978, em Porto Alegre, o lendário grupo instrumental de Jazz Rock progressivo. Nos anos 80 migraram para o Rio de Janeiro e desenvolveram trabalhos com artistas como Diana Pequeno, Pepeu Gomes, Marina Lima, Djavan, Nico Assumpção e outros.

O Cheiro de Vida gravou dois álbuns históricos. O primeiro, em 1984, contou com participações de Pedro Tagliani, Renato Alscher e Augusto Licks. O segundo álbum ao vivo (1988) contou com Dudu Trentin. 

A regravação do álbum de estréia do grupo gaúcho (Cheiro de Vida, em 2006) tornou-se referência em todo o país para quem curte música instrumental, jazz e o rock progressivo, homenageia Stanley Clarke, Hyeronymus Bosch e faz referência a Nosferatu. Com excelentes performances dos integrantes, "Cheiro de Vida" é um grande disco.


Martau, Alex, André e Paulinho continuam atuando como músicos de estúdio e em shows por todo o país.


13 junho 2019

Um novo Live Aid?

Será que teremos outro Live Aid? Se depender de Brian May a resposta é sim.

Preocupado com as mudanças climáticas e o descaso de alguns governos sobre o tema (Eua, Brasil e outros), o guitarrista do Queen comentou em entrevista ao Daily Mirror que gostaria de uma nova edição: "Um evento como esse provavelmente faria com que as novas gerações agarrassem o touro pelos chifres e liderassem as iniciativas. Nós ajudaríamos como pudéssemos, mas acho que é isso que seria necessário."

Em 1985, um dos maiores eventos da história da humanidade aconteceu, simultaneamente em Londres e Filadélia, para angariar fundos e ajudar a Etiópia - o Live Aid. Organizado por Bob Geldof e Midge Ure, o festival reuniu nomes como Queen, The Who, Sting, Phil Collins, U2, Dire Straits, David Bowie, Elton John, Paul McCartney (entre outros).

Mais de 100 mil pessoas nos EUA, 75 mil na Inglaterra e uma transmissão ao vivo, pela tv, que chegou a quase 2 bilhões de espectadores em 150 países, o evento chamou a atenção do mundo para a fome no continente africano.

Vale lembrar que, em 2005, quando o Live Aid completou 20 anos, Bob Geldof e Midge Urie voltaram a produzir um evento parecido na forma do Live 8.

A ideia era novamente trazer a atenção para a causa da fome no mundo e os shows aconteceram no período de um encontro do G8, grupo formado pelos países mais poderosos do planeta.

Com performances em locais de países do bloco, como Alemanha, Reino Unido e Canadá, bandas e artistas de peso se apresentaram, como U2 e Paul McCartney, juntos, tocando “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, Chris Martin, Deep Purple, Green Day e mais.

Mas Geldof fez questão de deixar claro que o Live 8 não se tratava de um “Live Aid 2”.

10 junho 2019

Estreia na Netflix o documentário Rolling Thunder Revue: A Bob Dylan Story de Martin Scorsese


Vem aí mais um documentário de Scorcese, com estréia em 12 de junho (pela Netflix) sobre a mais famosa turnê de Bob Dylan - Rolling Thunder Revue. 
Em 2005, o produtor de cinema havia lançado No Direction Home, documentário que explorava a polêmica transição de Dylan do folk acústico para o rock e o som elétrico no meio dos anos 1960.
Desta vez, o filme se centrará na famosa turnê Rolling Thunder Revue, realizada iniciando em 1975 até 1976 pelos EUA e Canadá.
Sob o título de Rolling Thunder Revue: A Bob Dylan Story by Martin Scorsese, a plataforma de streaming afirma que a produção “captura o espírito perturbador dos Estados Unidos de 1975 e a música alegre que Bob Dylan tocou no outono daquele ano.”
Além do próprio Bob Dylan, o elenco do filme conta com Sharon Stone, Patti Smith, Joni Mitchell e Sam Shepard.
Confira abaixo o trailer do documentário:

07 junho 2019

Paul McCartney homenagea Linda em álbum remasterizado.

Wide Prairie (para saber mais e no original)
Paul McCartney relança o cd Wide Prairie, uma compilação póstuma de 1998 das gravações de Linda sua esposa na época.

O álbum foi remasterizado pela Capitol, no Abbey Road Studios (sob a supervisão pessoal de Paul) e compreende a carreira pessoal cantora dos anos 70 até o seu falecimento, em 1998.

Wide Prairie apresenta Linda nos vocais e vários instrumentos em canções que ela escreveu e gravou com Wings entre 1972 e 1980, o compacto 'Seaside Woman' / 'B-Side to Seaside ' que ela lançou sob o pseudônimo de Suzy and the Red Stripes e trabalho solo dos anos 80 e 90, incluindo sua gravação final 'The Light Comes From Within ' (com Paul e o seu filho James no violão elétrico e acústico).

E para celebrar a primeira exibição britânica da Retrospectiva de Linda McCartney, a prensagem limitada de vinil da Wide Prairie estará disponível exclusivamente por um mês antes do lançamento do álbum na Galeria de Arte e Museu de Kelvingrove, em Glasgow, da exibição em 5 de julho. A grande retrospectiva da fotografia de Linda foi curada por Paul, Mary e Stella McCartney.

O track list é o seguinte:

1. Wide Prairie
2. New Orleans
3. The White Coated Man (Linda, Paul e Carla Lane)
4. Love’s Full Glory
5. I Got Up (Linda e Paul)
6. The Light Comes from Within (Linda e Paul)
7. Mister Sandman (Pat Ballard)
8. Seaside Woman
9. Oriental Nightfish
10. Endless Days (Linda e Mick Bolton)
11. Poison Ivy (Jerry Leiber, Mike Stoller)
12. Cow (L. McCartney, P. McCartney, Lane)
13. B-side to Seaside (Linda e Paul)
14. Sugartime (Charlie Phillips, Odis Echols)
15. Cook of the House (Linda e Paul)
16. Appaloosa (Linda e Paul)

13 junho 2018

Mutuca, um dos mais emblemáticos roqueiros do sul, faleceu hoje pela manhã.

Entramos numa fria... assim conheci o sr Carlos Eduardo Weyrauch, o Mutuca, através de Eze Guarnieri, um dos seus fiéis seguidores, quando me levaram para a Ipanema FM para, entre outras funções, fotografar o aniversário da rádio, em 2009. Pelo profissionalismo e confiança de Mutuca, entrei em estúdios, subi em palcos, criei, divulguei e conheci (de perto) o nosso rock. Através dele, tive o prazer de conhecer artistas que jamais teria tido o prazer. Supekovia, Sérgio Stosch, Lúcio Vargas, Duda Guedes, Christian Iwers, Marcelo Abreu, Eco Álvares, Lata Velha, Luís Tavares, Inácio do Canto, Ferrão, Buz, Fest James Pieta, Lúcio Vargas, Blattner, Eco, Edu Bittencourt, Lessa, David Segal, pessoal do Acústicos & Valvulados, Bidê ou Balde, Nenhum de Nós, Papas da Língua, TNT, Cascavelletes, Rosa Tattooada, Engenheiros, Piratas do Porto, Magra do Bonfa, Jottagá, Bixo da SedaTaranatiriçaBandaliera, Guerrilheiro Anti-nuclear, Expresso do Oriente, Replicantes, Astaroth, Garotos da Rua, De Falla, Walverdes, Maria do Relento, Superguidis, Tequila, Pata de Elefante, Cachorro Grande, Liverpool, Graforréia, Reação em Cadeia, Pública, Stereo Box, Vincent, Bad Fish, Vera Loca, Bandaliera, pessoal das rádios e jornais em que trabalhou pois, estávamos sempre em contato, muitos músicos, figuras da música, etc, etc, etc... só os conheci por conta da proximidade do mestre e amigo Mutz.
Mutz à frente da Kommand Band, em 2009.
Dono de um humor peculiar, carinhoso e amigo de todas as horas, Mutz foi um dos precursores do rock gaúcho com mais de 50 anos de carreira como músico, compositor, arranjador, divulgador, apresentador de programas e, na ótica dos muitos músicos com quem trabalhou... um mestre professor. Pois ele nos deixou, nesta madrugada, devido a um infarto. Tinha 71 anos, e uma vitalidade impressionante que sempre mostrou nos palcos ou fora deles. 
Começou a sua trajetória em 1967, na serra gaúcha, à frente do seu Alphagroup, participando de festivais e shows junto de Bixo da Seda e outros. Mas, o gosto pela boa música ele trazia desde de criança, quando conheceu os vinis de Bill Haley & His Comets,  Elvis Presley e outros. Nos anos setenta criou bandas com Cláudio Vera Cruz, Flávio Chaminé, Giba-Giba, Cláudio Levitan, Bebeco Garcia, Léo Ferlauto, Fernando Pezão e outros grandes músicos. Em 1991 fundou a antológica “Mutuca e os Animais” - a mesma conquistou indicação ao Prêmio Açorianos de 1999 com o CD Hot Club (Barulhinho), contando com Paulinho Supekovia (guitarra solo), Sérgio Stoch (teclados), Lúcio Vargas e Duda Guedes (bateria). Logo depois, Mutuca passa a criar e experimentar novas formações em locais como o Believe Studio (Porto Alegre), Cult Café (Rolante- RS) e outros, ajudou a fomentar alguns dos mais importantes festivais, como Morrostock, Rock na Praça, etc, abriu o show para Jerry Lee Lewis, no Pepsi On Stage, em 2009. Apresentou durante alguns anos o Hot Club do Mutuca, na extinta Ipanema FM e, atualmente, mantinha o mesmo no canal Dinâmico FM, tinha uma coluna no jornal NH, de Novo Hamburgo e o seu blog Hot Club, dedicado a história do rock. 

E depois de tudo isso, o que mais posso dizer? Saudade, surpresa, tristeza...

R.I.P. MUTUCA !!!

16 março 2018

"O Sol é Para Todos" enfrenta processo por alterar personagens.


O cartaz do filme de 1962
A adaptação para o teatro de uma das melhores obras literárias de todos os tempos (e muito aguardada)  "O Sol é Para Todos" enfrenta um processo legal iniciado pelo espólio de Harper Lee, autora da novela. A ação judicial, registrada em um tribunal federal no Alabama, argumenta que a versão teatral desvia-se demais da obra original e viola um contrato entre a autora e os produtores, o que estipula que os personagens e a trama devem permanecer fiel ao livro. O contrato afirma que a autora "terá o direito absoluto e incondicional de aprovar o dramaturgo para a montagem" e que "também deve ter o direito de rever o roteiro e fazer comentários que devem ser considerados de boa fé pelo dramaturgo, que não deve derrogá-lo ou sair de forma alguma do espírito da novela nem alterar seus personagens".

Harper firmou parceria com o produtor Scott Rudin em 29 de junho de 2015, poucos meses antes de morrer aos 89 anos, pelo direito de criar uma peça sobre seu famoso romance, centrado em Atticus Finch, um advogado que defende um réu negro acusado de estupro. Contudo, um ponto-chave do processo diz que a versão teatral apresenta o protagonista como um homem que começa o drama como um apologista ingênuo ao status quo racial, uma descrição em desacordo com sua imagem puramente heróica no romance. A equipe de Rudin está argumentando que não, e que, enquanto os produtores devem ouvir a visão da propriedade, eles são os árbitros finais de se a produção é fiel ao romance. "Não posso e não apresentarei uma peça que sinta que foi escrita no ano em que o livro foi escrito em termos de política racial: não seria de interesse. O mundo mudou desde então"", disse Rudin em recente entrevista.
O advogado Finch defendendo Tom Robinson (
Brock Peters)

Aaron Sorkin (roteirista da peça em questão) defende que seu roteiro apresenta uma abordagem diferente daquelas da escritora ou de Horton Foote, que escreveu o roteiro do filme de 1962. "Ele se torna Atticus Finch no final da peça, e enquanto ele está indo, ele tem uma espécie de disputa com Calpurnia, a governanta, que tem um papel muito maior na peça que acabei de escrever. Ele está em negação sobre o seus vizinhos, seus amigos e o mundo ao seu redor, tão racista como é, que um júri do Condado de Maycomb poderia colocar Tom Robinson na prisão quando é tão óbvio o que aconteceu aqui. Ele se torna um apologista para essas pessoas", explicou ao mesmo site.

Tonja Carter, a representante do espólio de Harper Lee, acredita que Sorkin, de fato, se afastou do romance. Ela também se opôs à alegada adição de dois personagens que não existem no livro, a "alteração" dos personagens de Jem e Scout Finch, além de afirmar que a roteiro não apresenta uma descrição justa da cidade na qual a obra é ambientada. A peça, que está programada para começar as visualizações em 1º de novembro e para estrear 13 de dezembro na Broadway, é uma produção conjunta de Rudin e do Lincoln Center Theatre, onde as sessões ocorrem.

Vale lembrar que, mesmo tão antiga e num mundo tão distante (em termos geográficos e culturais) a obra permanece cada vez mais atual e oportuna.
Foote, roteirista do filme, a autora e Robert Duvall

07 março 2018

Google homenageia as mulheres do mundo todo

Celebrando o Dia Internacional da Mulher (8 de março) o Google criou um Doodle comemorativo. São doze histórias desenhadas no estilo em quadrinhos e criadas por artistas de diversos lugares do mundo. Representando o Brasil, Laerte criou o quadro “Amor”, uma história de um homem que se apaixona por uma mulher trans.

Esses doodles homenageando datas especiais, começaram em 2009 mas, só a partir de 2012 as imagens passaram a ser mostradas no Brasil. Lembrando que, a cada ano, os Doodles ficam mais engajados, acompanhando a tendência mundial de celebrar o 8 de março como um dia de luta, mais educativos e menos comerciais.

Confira, a seguir, os que o país foi representado:

O Google utilizou, em 2012, os símbolos antigos e clichês da florzinha e do feminismo na homenagem.
No ano seguinte, foi representada a diversidade de mulheres, com suas raças e origens distintas.

Em 2014, um vídeo mostrava mais de 100 mulheres de países de todo o mundo - destaque para, entre elas, a ativista Malala Yousafzai e as brasileiras Viviane Senna, Marta Silva, Mara Gabrilli, Maria da Penha e Isadora Faber.
Em 2015, uma imagem estática retratou as diversas profissões e atividades exercidas por mulheres.



Em 2016, o vídeo voltou mostrando 13 cidades com 300 mulheres completando “Um dia eu irei…”. 




Ano passado, como num slideshow, uma avó conta para a neta histórias de 13 mulheres memoráveis. Entre elas, a arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi.



E a homenagem desse ano? Já viu? Basta abrir seu navegador (Google Chrome, claro) e clicar na seta, como num tocador de vídeo.


20 janeiro 2018

Casa de Cultura Mario Quintana oferece espaço para teatros


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A Casa de Cultura Mario Quintana abriu processo para ocupação dos espaços destinados as artes cênicas (atrações de teatro, circo, dança e música) para levar espetáculos aos teatros Bruno Kiefer e Carlos Carvalho. A divulgação da seleção definitiva está prevista para o dia 21 de fevereiro. 

Confira o cronograma completo abaixo:

- Divulgação do regulamento: 12/01/2018
- Período de recebimento de propostas: de 12/01 a 05/02/2018
- Habilitação das propostas: de 06 a 08/02/2018
- Divulgação dos habilitados: 09/02/2018
- Recursos: de 12 a 14/02/2018
- Divulgação dos recursos: 15/02/2018
- Análise e seleção das propostas: de 16 a 20/02/2018
- Divulgação dos selecionados: 21/02/2018 pelo site da CCMQ
- Ocupação: a partir de 09/03/2018

As inscrições vão até o dia 5 de fevereiro pelo e-mail chamadapublicaccmqteatros@gmail.com. 

Maiores informações:

CCMQ - Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736, Porto Alegre, RS)
Fone: (51) 3221-7147 
E-mail: ccmq@ccmq.rs.gov.br 
Site: www.ccmq.com.br 
URL: www.facebook.com/CCMQportoalegre

Netflix libera trailer de "O Mecanismo"

A série "O Mecanismo", inspirada na Lava Jato e seus bastidores, é dirigida pelo cineasta José Padilha, o mesmo de Narcos e Tropa de Elite, tem roteiro de Elena Soarez (Cidade dos Homens, Casa de Areia, etc) a partir do livro Lava Jato de Vladimir Netto e tem estreia prevista para 23 de março.

Na trama, Selton Mello é um delegado de polícia obsessivo que se junto à sua assistente, interpretada por Caroline Abras (Se nada mais der certo), para investigar Roberto Ibrahim, interpretado por Enrique Diaz Carandiru), um criminoso envolvido com lavagem de dinheiro junto a politicos. 

Confira abaixo o 1° trailer: 

30 dezembro 2017

Como vai ser o reveillon dos gaúchos.


Quem quiser curtir shows de queima de fogos, no Rio Grande do Sul, terá que se contentar com poucas opções. Muitas cidades, por conta da falta de recursos financeiros, não terão festas com queima de fogos - Porto Alegre e Caxias do Sul são os principais exemplos. Já outros confirmaram festividades pela espera do ano novo. Confira como será a festa da virada em algumas cidades:
A festa da virada, dessa vez, não será na Usina.
Porto Alegre, cancelou (mais uma vez) a festa com queima de fogos, terá poucas opções em clubes mas, em compensação, terá queima de fogos no Parque Marinha do Brasil e passeios com barcos, organizado pelos clubes náuticos da capital.
Em Viamão, a festa será na Praia de Itapuã e começa as 23 horas.
Já em Gramado o show da virada começa às 22h30 na Rua Coberta com queima de fogos, além extensa programação unindo os festejos do Natal Luz.

Gramado une o show da virada ao Natal Luz
Em Torres, um dos pontos mais tradicionais do litoral, a festa será na Praia Grande e terá apresentações musicais nacionais e regionais, contagem regressiva e, claro, show de fogos.
Em Tramandaí, a festa terá DJs na beira da praia e ao contrário de 2017, quando a festa foi cancelada por falta de dinheiro, 2018 deve ser recebido com a tradicional queima de fogos.
A vizinha Imbé, terá queima de fogos na Barra e shows com Doce Desejo e Lili Fernandez & Bando. Mariluz, também em Imbé, terá shows de Só Balanço Show e Portal G3.
Capão da Canoa fará sua festa de Réveillon 2018 na Avenida Beira Mar com apresentação da Orquestra de Teutônia, Michel Teló, no dia 30, e Munhoz e Mariano no show da virada. 

Michel Teló estará em Capão da Canoa
Em Arroio do Sal, a festa será com o rock dos Acústicos e Valvulados e show pirotécnico na Praça do Mar. Certamente, um dos melhores dessa virada.

Acústicos e Valvulados fará um dos melhores shows da virada
No litoral sul, Rio Grande não terá queima de fogos mas a festa será animada com atrações locais e, como em anos anteriores, no Campo do Praião, Cassino.

É isso, pessoal, aproveitem a sua festa, beba moderadamente e um ótimo ano novo a todos.